sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Ainda a geração distribuída


Estamos cansados de ver, no trânsito, pessoas jogando lixo na rua pelas janelas dos carros. Cigarros, garrafas pets, papel de bala, sacolas plásticas. Muitas vezes são carros "chics", indicando que se trata de pessoas que têm bom poder aquisitivo. Mas não têm boa educação. Não se importam com a cidade, com os outros, com o meio-ambiente.

As pessoas estão acostumadas a não pensar nas consequências de seus atos para o planeta. Por exemplo, em geral, gasta-se uma quantidade enorme de detergente para lavar a louça. Quantidade que é desnecessária e, ainda por cima, muito prejudicial ao meio ambiente, mesmo quando a embalagem do detergente diz que ele é "biodegradável".

Outro exemplo: o tempo todo vemos as pessoas lavando calçadas com mangueira, como se a mangueira fosse uma espécie de vassoura líquida. Água é um bem precioso e que já começa a escassear no planeta. Mas se se tentarmos dialogar com essa pessoa que está tendo a atitude irresponsável, provavelmente ela fará uma cara feia e dirá que nós não temos nada a ver com isso, que a água é dela e ela gasta o quanto quiser. Ou então, dará um sorriso e dirá que já está quase terminando.

Enquanto houver essa atitude individualista dos cidadãos, não conseguiremos fazer florescer a ideia da energia renovável, muito menos da geração distribuída.

Como já frisamos aqui, outro fator impeditivo é, ainda, o alto preço dessa forma de geração. Aquecedores solares, painéis fotovoltaicos e geradores eólicos residenciais ainda são muito caros.

Gradualmente, a consciência das pessoas está melhorando. Cada vez mais famílias reciclam seu lixo, economizam eletricidade e água, e têm hábitos de consumo sustentáveis.

Ao mesmo tempo, os equipamentos de geração distribuída, citados antes, começam a baratear.

Se formos colocar num gráfico cartesiano, trata-se, então, de duas linhas inclinadas. A linha da consciência ambiental tem um traçado ascendente. A linha do custo da geração distribuída, por outro lado, é uma linha descendente. Esperemos que elas logo se cruzem, indicando um ponto em que a educação ambiental tenha evoluído tanto, e o preço dos equipamentos tenha se reduzido tanto, que um grande número de famílias adote essa forma de geração de energia.

Que esse dia chegue logo, pois é uma corrida contra o tempo...


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